Seguro falência e o aumento do lucro de empresas: estudo analisa impacto do Credit Default Swaps (CDS)

Estudo de professor da FGV EBAPE observou mais de 8 mil empresas americanas ao longo de 18 anos

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Uma pesquisa conduzida pelo professor Lars Norden, da FGV EBAPE, junto com os professores Chao Yin (Universidade de Edinburgh) e Lei Zhao (ESCP Paris), analisou 8.400 empresas da bolsa de valores dos Estados Unidos, entre os anos de 2000 e 2018, para investigar o impacto do Credit Default Swaps (CDS) no crescimento de organizações. O artigo foi publicado pelo Journal of Financial and Quantitative Analysis (JFQA), uma das melhores revistas acadêmicas internacionais na área de finanças.

O CDS é caracterizado como um tipo de seguro que oferece proteção para as empresas e governos em caso de falência ou insolvência. A pesquisa do professor Norden, com verificações a cada trimestre, observou especialmente a ciclicidade, ou seja, considerando o crescimento do PIB do país, os pesquisadores avaliaram se as empresas cobertas pelo CDS apresentaram crescimento diferente em seus ativos quando em comparação a outras instituições.

Para o professor Norden, o estudo mostra que o efeito principal do CDS é positivo, pois ainda que as empresas cobertas pelo seguro tenham apresentado um crescimento menor, este crescimento ocorreu de forma mais saudável e estável”, explicou o pesquisador.

Norden faz referência ao fato de que as empresas cobertas pelo CDS apresentaram crescimento 40% menor em comparação às outras. Apesar deste indicador, o estudo também aponta que o “crescimento menor” das empresas cobertas pelo CDS tem efeitos positivos sobre o lucro e o valor empresarial no mercado, o que acontece porque as empresas cobertas pelo CDS, pelo simples fato de cogitarem riscos de falência, acabam por eliminar projetos de alto risco ou que não trazem lucros, mantendo apenas os projetos mais seguros e rentáveis.

De acordo com o pesquisador, “o estudo tem o potencial de impactar não apenas empresas, finanças corporativas e o setor de gestão financeira como um todo, mas também auxiliar a regulação do próprio mercado financeiro e as instituições internacionais que regulam este mercado”, explica.

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui

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